Spengler e o sentido da história
“Embora o conceito de um destino cultural individual, assim, adquire um status metafísico na filosofia da história de Spengler, ele, no entanto, permanece intratável quanto ao seu significado, ou melhor, falta dele, recusando-se a admitir uma única e racionalmente inteligível (ou divina) intenção por trás dessa vontade universal, para o poder e as lutas intermináveis que ele implica. Em vez disso, ele adota a posição tomada por Nietzsche em relação ao espetáculo da história: falta significado intrínseco, e os deuses como indiferentes ao destino do homem, forçando-o a procurar superá-los e no final substituí-los pela imagem de si mesmo. De acordo com Nietzsche, os gregos antigos foram os primeiros a perceber completamente a implicação da morte dos deuses, ou seja, de que a situação do homem na Terra era no fundo inescrutável e sem esperança, e que seu frágil ato de protesto poderia ter apenas uma sublimação: tragédia.”
Oswald Spengler, Homem e tecnologia: uma contribuição para uma filosofia de vida