A sociedade do espetáculo
"Sem dúvida, a pseudonecessidade imposta pelo consumo moderno não pode ser contrastada a nenhuma necesidade ou desejo autêntico que não seja, ele mesmo, produzido pela sociedade e sua história. Mas a mercadoria abundante aí está como a ruptura absoluta do desenvolvimento orgânico das necessidades sociais."
"O fim da história da cultura manifesta-se por dois lados opostos: o projeto de sua superação na história total e sua manutenção organizada como objeto morto, na contemplação espetacular. Um desses movimentos ligou seu destino à crítica social; o outro, à defesa do poder de classe."
"Para levar os trabalhadores ao status de produtores e consumidores "livres" do tempo-mercadoria, a condição prévia foi a expropriação violenta do tempo deles. O retorno espetacular do tempo só se tornou possível a partir dessa primeira despossessão do produtor."
Guy Debord, A sociedade do espetáculo